Amali2015 também assumiu que o seu problema seria que ainda se sentiriam embaraçados socialmente pela sexualidade. Isto é, afinal, o que as lésbicas são treinadas para fazer. Mas na sexta-feira passada, quando apanharam o ferry para atravessar o porto e eu embarquei, pensei como era estranho que elas se comportassem da forma como se comportavam, mesmo depois de um fim-de-semana inteiro a falar sobre isso com tantos outros bissexuais. Mas isso é o mundo que os bissexuais têm de negociar: não há irmãos ou irmãs gays ou pais heterossexuais ou tios heterossexuais ou filhos de tios heterossexuais ou sobrinhos heterossexuais ou primos heterossexuais. Assim, ou caem na mesma armadilha heterossexual - a de esconder a sua identidade porque não são politicamente capazes de fazer o contrário - ou há as situações gay-gay, em que as pessoas casam umas com as outras mas mentem sobre quem realmente são. Quanto à mulher com quem me sentei ao lado no ferry, uma loira não muito simpática no Vanguard, Amali2015 pareceu-me muito dentro da minha pele branca (algo que o seu namorado pode atestar). Há toda uma comunidade bissexual em Nova Iorque que tem pessoas como ela a segui-los por perto só para testemunhar quanto tempo eles se aguentariam. Eles adoram ver entrar novos porque é uma óptima maneira de colocar dois bissexuais juntos na mesma sala, porque depois todos estão dentro, e pode-se determinar quem está do lado de cima ou de baixo vestido. Nunca pensei que me encontraria numa situação como esta antes. Ninguém sabe o que é estar num espaço LGB. .